segunda-feira, 27 de janeiro de 2014




Wendy Wright

NOVA IORQUE, EUA, 24 de janeiro (C-FAM) Um grupo acadêmico cuja pesquisa foi obtida de pedófilos e lançou a revolução sexual nos EUA recebeu credenciamento da ONU.


Alfred Kinsey

O infame Relatório Kinsey foi a base para afrouxar atitudes e penas para crimes sexuais contra mulheres e crianças, e para promover abrangente educação sexual que ensina crianças pequenas acerca de atos sexuais.

Nesta semana o Instituto Kinsey foi diante do comitê da ONU que credencia grupos para participar da ONU no final de janeiro. Isso chega num momento em que grupos pró-aborto estão fazendo campanhas para que abrangente educação sexual seja uma parte importante da agenda de políticas e trabalho de desenvolvimento da ONU.

Alfred Kinsey afirmava que crianças são sexuais desde a infância. Suas fontes principais eram homens adultos que registravam detalhes acerca de seus contatos sexuais com crianças para seu livro “Sexual Behavior in the Human Male” (Conduta Sexual no Macho Humano).

Certo homem forneceu a Kinsey detalhes de seu abuso de 1917 a 1948, mostrados na Tabela 34 do livro de Kinsey. Registra o número de “orgasmos” em certos períodos de tempo de crianças de 5 meses a 14 anos.

Orgasmo é definido como “convulsões violentas,” “gemidos, ou choros mais violentos, às vezes com abundância de lágrimas (principalmente entre crianças mais novas),” “dor excruciante,” “lutará para se afastar do parceiro e poderá fazer tentativas violentas de evitar o clímax, embora obtenha claro prazer da situação.”

Outra fonte de Kinsey começando em 1943 — durante a 2ª Guerra Mundial — era um oficial nazista alemão, Fritz von Balluseck, que em 1957 foi condenado por abuso sexual de crianças por mais de 30 anos. O juiz teria dito: “Tive a impressão de que você chegou às crianças a fim de impressionar Kinsey e lhe entregar material.”

Kinsey afirmou que 95 por cento dos homens cometiam crimes sexuais, de modo que a sociedade deveria redefinir o que era “normal” e reduzir as penas de crimes sexuais. Ele testificava em favor de estupradores de crianças e seu trabalho ajudou a mudar as leis, tornando-as tolerantes para crimes sexuais.

“É claro, sabíamos quando entrevistávamos os pedófilos que eles continuariam sua atividade, mas não fazíamos nada sobre isso,” Paul Gebhard, sócio de Kinsey, disse ao jornal. “Não teríamos nenhuma pesquisa se os entregássemos [às autoridades].”

Gebhard, que se tornou diretor do Instituto Kinsey, mais tarde disse: “Era ilegal e sabíamos que era ilegal e é por isso que muita gente está furiosa.”

Kinseu assegurava a “seus informantes que eles ficariam no anonimato” e evitava “todo juízo de valor em relação à conduta deles,” declarou John Bancroft, diretor do Instituto Kinsey.

Certa vítima de um estuprador de crianças ligado a Kinsey se apresentou. Quando “Esther White” (um pseudônimo) tinha 9 anos, ela encontrou uma folha de papel “e meu pai estava selecionando coisas que ele estava fazendo comigo.” Depois que Kinsey entrevistou Esther, ele entregou ao avô dela um cheque de cerca de 6.000 dólares.

Em 1964, o Instituto Kinsey lançou SIECUS para promover a ideologia de Kinsey por meio da educação sexual. SIECUS já tem reconhecimento da ONU e se tornou muito influente ali. A Educação Sexual Abrangente de SIECUS ensina crianças de 5 anos acerca da masturbação e do envolvimento em conduta sexual com outros para mostrar carinho.

O Instituto Kinsey fornece bolsas de estudo honrando John Money, um pioneiro da “identidade de gênero” e responsável pela operação de mudança de sexo de um bebê contada no livro “The Boy Who Was Raised As a Girl” (O Menino que Foi Criado como Menina). O menino acabou cometendo suicídio. A clínica de identidade de gênero de Money no Hospital Johns Hopkins foi fechada por seu sucessor.

A organização homossexual ILGA perdeu seu credenciamento na ONU em 1993 devido às suas ligações com grupos que promovem a pedofilia.

Um documento vazado pelo WikiLeaks intitulado “Certificação da Pedofilia” mostra que os EUA conduziram uma “análise detalhada” em 2010 e agências da ONU certificaram que ninguém havia credenciado nenhuma organização que promove ou desculpa a pedofilia.


Tradução: Julio Severo

Fonte: Friday Fax



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Fonte: Júlio Severo

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014


C.S. Lewis


(...) gostaria de dar uma idéia de outro esquema no qual o assunto foi dividido por escritores antigos, um esquema que (...) é excelente. De acordo com esse esquema mais longo, existem sete "virtudes". Quatro delas são chamadas virtudes "cardeais", e as restantes, virtudes "teológicas". As "cardeais" são as que toda pessoa civilizada reconhece; já as "teológicas", em geral, só os cristãos conhecem. (...) Por enquanto, ocupar-me-ei das quatro virtudes cardeais. (A palavra "cardeal" não tem nenhuma relação com os "cardeais" da Igreja Católica. É derivada da palavra latina que significa "gonzo da porta". São chamadas virtudes "cardeais" porque são, poderíamos dizer, virtudes "fundamentais".) São elas: a PRUDÊNCIA, a TEMPERANÇA, a JUSTIÇA e a FORTALEZA.

A prudência significa a sabedoria prática, parar para pensar nos nossos atos e em suas conseqüências. Nos dias de hoje, a maioria das pessoas já não considera a Prudência uma "virtude". Inclusive, como Cristo disse que só entrariam em seu Reino os que fossem como crianças, muitos cristãos pensam que podem ser tolos, desde que sejam "bonzinhos". É um erro. Em primeiro lugar, muitas crianças demonstram ter bastante "prudência" quando fazem coisas que são do seu interesse, e conseguem pensar a respeito dessas coisas com bastante sensatez. Em segundo lugar, como esclarece São Paulo, Cristo nunca quis que fôssemos como crianças na inteligência — muito pelo contrário. Ele nos exortou a ser não apenas "simples como as pombas", mas também "prudentes como as serpentes". Quer de nós um coração de criança, mas uma cabeça de adulto. Quer-nos simples, centrados, afetuosos e dóceis no aprendizado, como as boas crianças são; mas também quer que cada fração da inteligência que possuímos esteja alerta e afiada para a batalha. O fato de você dar dinheiro para uma obra de caridade não quer dizer que não deva tentar saber se a instituição de caridade é fraudulenta ou não. O fato de você pensar em Deus (por exemplo, quando reza) não significa que deva contentar-se com as crenças infantis que alimentava aos cinco anos de idade. É verdade que Deus não deixará de amar ninguém, nem deixará de utilizar uma pessoa como seu instrumento por ter nascido com um cérebro de segunda classe. Ele tem um coração grande o suficiente para abrigar pessoas de pouco senso, mas quer que cada um de nós use o senso que lhe coube. Não devemos ter como lema "Seja boa, doce menina, e deixe a inteligência para quem a possui", mas sim "Seja boa, doce menina, e não se esqueça de ser o mais inteligente que puder". Deus não detesta menos os intelectualmente preguiçosos do que qualquer outro tipo de preguiçoso. Se você está pensando em se tornar cristão, eu lhe aviso que estará embarcando em algo que vai ocupar toda a sua pessoa, inclusive o cérebro. Felizmente, existe uma compensação. Aquele que se esforça honestamente para ser cristão logo percebe que sua inteligência está aprimorada. Um dos motivos pelos quais não é necessário grande estudo para se tornar cristão é que o cristianismo é em si mesmo uma educação. Foi por isso que um crente ignorante, como Bunyan, foi capaz de escrever um livro que espantou o mundo inteiro(15).

Temperança, infelizmente, é uma palavra que perdeu seu significado original. Hoje em dia ela significa a abstinência total de bebidas alcoólicas(1). Na época em que a segunda virtude cardeal recebeu esse nome, ela não significava nada disso. A temperança não se referia apenas à bebida, mas aos prazeres em geral; e não implicava a abstinência, mas a moderação e o não-passar dos limites. É um erro considerar que os cristãos devem ser todos abstêmios; o islamismo, e não o cristianismo, é a religião da abstinência. É claro que abster-se de bebidas fortes é dever de certos cristãos em particular ou de qualquer cristão em determinadas ocasiões, seja porque sabe que, se tomar o primeiro copo, não conseguirá parar, seja porque, rodeado de pessoas inclinadas ao alcoolismo, não quer encorajar ninguém com seu exemplo. A questão toda é que ele se abstém, por um bom motivo, de algo que não é condenável em si; e não se incomoda de ver os outros apreciando aquilo. Uma das marcas de um certo tipo de mau caráter é que ele não consegue se privar de algo sem querer que todo o mundo se prive também. Esse não é o caminho cristão. Um indivíduo cristão pode achar por bem abster-se de uma série de coisas por razões específicas — do casamento, da carne, da cerveja ou do cinema; no momento, porém, em que começa a dizer que essas coisas são ruins em si mesmas, ou em que começa a fazer cara feia para as pessoas que usam essas coisas, ele se desviou do caminho.

A restrição moderna do uso da palavra temperança à questão da bebida fez um grande mal. Ela ajuda as pessoas a esquecer que existem muitas coisas em relação às quais podemos faltar com a temperança. O homem que transforma suas partidas de golfe ou sua motocicleta no centro de sua vida, ou a mulher que dedica todos os seus pensamentos a roupas, a partidas de bridge ou ao seu cachorro, estão sendo tão intemperantes quanto o sujeito que bebe muito. É claro que, visto de fora, o problema não é tão evidente: a mania de golfe ou de bridge não deixa a pessoa caída na sarjeta. Deus, porém, não se deixa enganar pelas aparências.

A justiça pressupõe muito mais do que os afazeres de um tribunal. É apenas o antigo nome do que hoje chamamos de "imparcialidade", que inclui a honestidade, a reciprocidade, a veracidade, o cumprimento da palavra e todas as coisas desse tipo. A fortaleza, por fim, abarca os dois tipos de coragem — a que nos leva a enfrentar o perigo e a que nos leva a suportar a dor.

Guts(16) talvez seja o sinônimo mais aproximado no inglês moderno. Você pode notar que não se consegue colocar em prática nenhuma das outras virtudes por muito tempo sem ter de recorrer a essa. Há ainda outra questão sobre as virtudes que merece ser destacada. Há uma diferença entre executar um ato de justiça ou temperança, por um lado, e ser uma pessoa justa ou temperada, por outro. Alguém que não jogue tênis muito bem pode, vez ou outra, executar uma grande jogada. O jogador bom é aquele cujos olhos, músculos e nervos estão tão bem treinados pela execução de boas jogadas que já se tornaram de confiança. Existe nele um certo tom ou qualidade que transparece mesmo quando não está jogando, da mesma forma que a mente de um matemático possui certos hábitos e atitudes que não podem deixar de ser notados mesmo quando ele não está empenhado em fazer matemática. Igualmente, um homem que persevere na prática de atos justos terminará por obter uma certa qualidade de caráter. O que chamamos de "virtude" é essa qualidade, e não as ações isoladas.

Essa distinção é importante porque, se pensarmos somente em ações isoladas, estaremos encorajando três idéias erradas.

1) Podemos pensar que, já que fizemos uma coisa certa, não importa como ou por que motivo a fizemos — se espontaneamente ou não, de mau humor ou com alegria, por medo da opinião pública ou por amor ao bem. A verdade é que as ações corretas praticadas pelas razões erradas não nos ajudam a construir a qualidade interna ou caráter chamada "virtude", e é essa qualidade ou caráter que realmente interessa. (Se um jogador medíocre de tênis dá um saque muito forte porque perdeu a cabeça e não porque avaliou que a força era necessária, esse saque pode até, com sorte, levá-lo a vencer o jogo, mas não vai transformá-lo num bom jogador.)

2) Podemos ser levados a crer que Deus quer simplesmente a obediência a uma lista de regras, ao passo que o que ele realmente quer são pessoas dotadas de um determinado caráter.

3) Podemos pensar que as "virtudes" são necessárias apenas para a nossa vida presente — e que no outro mundo podemos parar de ser justos pois não há nada sobre o que brigar, ou parar de ser corajosos porque não existe mais o perigo. É verdade que provavelmente não haverá ocasião para praticar a justiça ou a coragem na outra vida, mas haverá uma abundância de ocasiões para sermos o tipo de pessoa que nos tornamos ao praticar esses atos aqui. A questão não é que Deus vá negar nossa entrada na vida eterna se não tivermos certas qualidades de caráter, mas que, se as pessoas não tiverem pelo menos os rudimentos dessas qualidades dentro de si, nenhuma condição exterior poderá ser um "Paraíso" para elas — em outras palavras, nenhuma condição exterior poderá dar-lhes a forte, profunda e inabalável alegria que Deus tencionou para nós.



15 Referência a John Bunyan (1628-1688), escritor e pregador inglês, autor do clássico O peregrino, (N. do R. T.) 1. Na língua inglesa corrente, em específico, a palavra tem esse significado, (N. do T.)

16 Guts, literalmente "intestino". Expressão informal para designar coragem – to have guts é semelhante ao nosso "ter peito". (N. do T)

17 Samuel Johnson (1709-1784), crítico literário, ensaísta e poeta inglês. Sua verve e sua personalidade viva foram retratadas na biografia Life of Johnson, escrita pelo amigo e pupilo James Boswell, um clássico da literatura inglesa. (N. do T.)


LEWIS, C.S. Cristianismo Puro e Simples, Livro III, cap. 2. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Startup Innovega apresentou um protótipo na CES 2014, feira de tecnologia que ocorre em Las Vegas


Lentes de realidade aumentada
Foto: reprodução


A startup Innovega mostrou na CES, feira de tecnologia que ocorre em Las Vegas, um protótipo de suas lentes iOptik (realidade aumentada). O protótipo, no momento, funciona em sincronia com smartphones Android.

A grande diferença do Optik é que ele é composto de duas partes: o óculos, que é a tela onde as informações são processadas e projetadas, e as lentes de contato, que servem como "filtro" para enxergar tais informações. Essa interação permite um diferencial de profundidade da percepção de onde as coisas aparecem no display.


As informações são do Mashable

Fonte: Terra
Por Redação Olhar Digital - em 08/01/2014 às 18h40



O mercado de impressão 3D não para de crescer, mas uma nova tecnologia, sendo pesquisada na University of Southern California, nos EUA, promete mudar o mundo usando o mesmo conceito. Trata-se da impressão do "Contour Crafting", que seria capaz de imprimir casas de 230 metros quadrados em apenas um dia.

Para funcionar, ela utiliza um robô gigante, que se move por trilhos colocados nas laterais do que será a casa depois de pronta. Ele substitui as ferramentas manuais e o trabalho braçal. Em seguida, ele cria camadas de concreto para criar paredes vazias e em seguida as preenche com mais concreto. Os humanos ficariam responsáveis por colocar portas e janelas na casa construída.

Os projetos podem ser criados pelo computador em um programa específico de modelagem e a expectativa é que a tecnologia possa criar "bairros inteiros, construídos por uma fração do custo e do tempo, com muito mais segurança e flexibilidade arquitetural sem precedentes". A modelagem permite que cada casa seja diferente.

De acordo com os pesquisadores, as estruturas são ainda mais fortes do que os métodos tradicionais de construção. Nos testes, as paredes resistiram 10 mil libras por polegada quadrada, enquanto a média para uma parede normal é de 3 mil libras por polegada quadrada.

Os pesquisadores dizem que seria possível até mesmo construir grandes escritórios ou até torres, com máquinas com bocais múltiplos ou fazer a estrutra subir a construção.

Atualmente, a Nasa é uma das entidades que bancam a pesquisa, que seria capaz de criar casas de baixo custo para áreas de desabrigados. Behrokh Khoshnevis, responsável pelo robô, também diminui os possíveis problemas sobre os problemas com um possível desemprego para as pessoas que trabalham nas construções, lembrando que no início de 1900 62% dos americanos trabalhavam em fazendas e hoje menos de 1,5% estão no ramo de agricultura.

"Construção é um trabalho perigoso, mais do que mineração e agricultura. Isso mata 10 mil pessoas por ano", lembra ele, apontando que as pessoas deveriam realizar trabalhos que ofereçam menos riscos às suas vidas.

A tecnologia ainda está em fase de desenvolvimento e não há previsão de quando ela poderia chegar ao mercado.

Via MSN Innovation UK

Fonte: Olhar Digital

Diário do Comércio, 8 de junho de 2012



No artigo anterior, mencionei alguns termos da “língua de pau” que domina hoje o debate público no Brasil, inclusive e sobretudo entre intelectuais que teriam como obrigação primeira analisar a linguagem usual, libertando-a do poder hipnótico dos chavões e restaurando o trânsito normal entre língua, percepção e realidade.

Mas estou longe de pensar que os chavões são inúteis. Para o demagogo e charlatão, eles servem para despertar na platéia, por força do mero automatismo semântico decorrente do uso repetitivo, as emoções e reações desejadas. Para o estudioso, são a pedra-de-toque para distinguir entre o discurso da demagogia e o discurso do conhecimento. Sem essa distinção, qualquer análise científica da sociedade e da política seria impossível.

A linguagem dos chavões caracteriza-se por três traços inconfundíveis:

1) Aposta no efeito emocional imediato das palavras, contornando o exame dos objetos e experiências correspondentes.

2) Procura dar a impressão de que as palavras são um traslado direto da realidade, escamoteando a história de como seus significados presentes se formaram pelo uso repetido, expressão de preferências e escolhas humanas. Confundindo propositadamente palavras e coisas, o agente político dissimula sua própria ação e induz a platéia a crer que decide livremente com base numa visão direta da realidade.

3) Confere a autoridade de verdades absolutas a afirmações que, na melhor das hipóteses, têm uma validade relativa.

Um exemplo é o uso que os nazistas faziam do termo “raça”. É um conceito complexo e ambíguo, onde se misturam elementos de anatomia, de antropologia física, de genética, de etnologia, de geografia humana, de política e até de religião. A eficácia do termo na propaganda dependia precisamente de que esses elementos permanecessem mesclados e indistintos, formando uma síntese confusa capaz de evocar um sentimento de identidade grupal. Eis por que a Gestapo mandou apreender o livro de Eric Voegelin, História da Idéia de Raça (1933), um estudo científico sem qualquer apelo político: para funcionar como símbolo motivador da união nacional, o termo tinha de aparecer como a tradução imediata de uma realidade visível, não como aquilo que realmente era – o produto histórico de uma longa acumulação de pressupostos altamente questionáveis.


Do mesmo modo, o termo “fascismo”, que cientificamente compreendido se aplica com bastante propriedade a muitos governos esquerdistas do Terceiro Mundo (v. A. James Gregor, The Ideology of Fascism, 1969, e Interpretations of Fascism, 1997), é usado pela esquerda como rótulo infamante para denegrir idéias tão estranhas ao fascismo como a liberdade de mercado, o anti-abortismo ou o ódio popular ao Mensalão. Certa vez, num debate, ouvi um ilustre professor da USP exclamar “Liberalismo é fascismo!” Gentilmente pedi que a criatura citasse um exemplo – unzinho só – de governo fascista que não praticasse um rígido controle estatal da economia. Não veio nenhum, é claro. A palavra “fascismo”, na boca do distinto, não era o signo de uma idéia ou coisa: era uma palavra-gatilho, fabricada para despertar reações automáticas.

Deveria ser evidente à primeira vista que os termos usados no debate político e cultural raramente denotam coisas, objetos do mundo exterior, mas sim um amálgama de conjeturas, expectativas e preferências humanas; que, portanto, nenhum deles tem qualquer significado além do feixe de contradições e dificuldades que encerra, através das quais, e só através das quais, chegam a designar algo do mundo real. Você pode saber o que é um gato simplesmente olhando para um gato, mas “democracia”, “liberdade”, “direitos humanos”, “igualdade”, “reacionário”, “preconceito”, “discriminação”, “extremismo” etc. são entidades que só existem na confrontação dialética de idéias, valores e atitudes. Quem quer que use essas palavras dando a impressão de que refletem realidades imediatas, improblemáticas, reconhecíveis à primeira vista, é um demagogo e charlatão. Aquele que assim escreve ou fala não quer despertar em você a consciência de como as coisas se passam, mas apenas uma reação emocional favorável à pessoa dele, ao partido dele, aos interesses dele. É um traficante de entorpecentes posando de intelectual e professor.

A freqüência com que as palavras-gatilho são usadas no debate nacional como símbolos de premissas autoprobantes, valores inquestionáveis e critérios infalíveis do certo e do errado já mostra que o mero conceito da atividade intelectual responsável desapareceu do horizonte mental das nossas “classes falantes”, sendo substituído por sua caricatura publicitária e demagógica.

Como chegamos a esse estado de coisas? Investigá-lo é trabalhoso, mas não substancialmente complicado. É só rastrear o processo da “ocupação de espaços” na mídia, no ensino e nas instituições de cultura, que foi, pelo uso obsessivamente repetitivo de chavões, uniformizando a linguagem dos debates públicos e imantando de valores positivos ou negativos, atraentes ou repulsivos, um certo repertório de palavras que então passaram a ser utilizadas como gatilhos de reações automatizadas, uniformes, completamente predizíveis.

Se você é treinado para ter sempre as mesmas reações diante das mesmas palavras, acaba enxergando somente o que é capaz de dizer, e dificilmente consegue pensar diferente do que os donos do vocabulário o mandaram pensar. Esse foi um dos principais mecanismos pelos quais a festiva “democratização” do Brasil acabou extinguindo, na prática, a possibilidade de qualquer debate substantivo sobre o que quer que seja.



Por Olavo de Carvalho


Fonte: Olavo de Carvalho

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

LÊNIN

terça-feira, 7 de janeiro de 2014




O arroz, um dos principais grãos da dieta do brasileiro, se não submetido a um controle de qualidade eficaz, pode apresentar uma concentração de variações da substância arsênio acima do ideal. O alerta vem de uma pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. "Tal concentração elevada pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas, como o câncer", observa o farmacêutico-bioquímico Bruno Lemos Batista, autor do estudo.

Batista identificou concentrações expressivas da substância arsênio em diversas variedades de arrozes comercializados no país, tais como o tipo branco (polido), o arroz integral (sem polimento) e parboilizado (do inglês partial boiled, ou seja, parcialmente fervido). Nas análises, foram constatados níveis moderadamente elevados, na faixa dos 222 nanogramas (ng) de arsênio por grama de arroz, similares a concentrações encontradas em arrozes de outros países como a China. O arroz do tipo integral foi um dos que apresentaram maiores concentrações, pois, em geral, o arsênio pode se acumular no farelo.

"Decidimos fazer a especiação química destes grãos, verificando que, em média, nossos grãos possuem ao redor de 40% do arsênio presente nas formas orgânicas e 60% nas formas inorgânicas", conta Bruno.

Considerando a média de arsênio no arroz e que o brasileiro consome 86,5 g desse grão ao dia, a ingestão de arsênio via arroz é pouco maior que via água em sua concentração máxima permitida para ingestão (10 microgramas [µg] de arsênio por litro de água), a partir da média de 2 litros de água diários.


Variações da substância

O arsênio se apresenta na natureza (solo, alimentos, água) em mais de vinte formas diferentes, algumas mais e outras menos tóxicas aos seres humanos, outros animais e até plantas. Dependendo da forma e da quantidade ingerida pela pessoa este arsênio pode causar sérios danos ao organismo como o câncer, causado pelo arsenito, uma das formas de arsênio. Por outro lado, existem formas que, se ingeridas em grandes quantidades, não causam danos ao organismo humano como, por exemplo, a arsenobetaína, comumente encontrada em alimentos marinhos como o camarão.

O estudo buscou identificar essas variações da substância por um método de análise denominado especiação química de arsênio. Nesse processo são definidas todas as espécies (ou formas) de arsênio em uma determinada amostra e suas quantidades. As formas de arsênio são separadas por um instrumento de análise química chamado ligado a outro instrumento para "quantificar". "No primeiro equipamento, as moléculas contendo arsênio em suas diversas formas passam por um aparato chamado 'coluna cromatográfica' que é nada mais que um tubo 'recheado' com uma substância que retém por mais tempo algumas moléculas por interações físico-químicas, e retém menos outras moléculas, por haver pouca ou nenhuma interação com esse recheio", explica o pesquisador.

Após o primeiro processo, o segundo equipamento faz a quantificação do arsênio presente nessas moléculas. "Este instrumento de análise química é o mais moderno para este tipo de análise, conseguindo determinar baixíssimas concentrações com alta especificidade", ressalta Batista, que alertou para a importância do preparo da amostra durante o procedimento. "Como não queremos 'modificar' as espécies de arsênio devemos utilizar um meio que as remova dos grãos de arroz, por exemplo, sem quebrar a molécula contendo arsênio", completa.

Das vinte espécies de arsênio presentes no ambiente, as cinco vistas como mais importantes foram utilizadas como objeto de estudo. As variações mais importantes são assim classificadas por serem mais comuns, mais estudadas ou mais tóxicas. Entre estas espécies destacam-se, em ordem crescente de toxicidade, a arsenobetaína (AsB), dimetil arsênio (DMA), monometil arsênio (MMA), arsenato (As5+) e arsenito (As3+). "Assim, por exemplo, o As3+ é mais tóxico, gera mais danos a um organismo, que o DMA", aponta o pesquisador.


Políticas de saúde

Para o pesquisador, a fiscalização sobre o que consumimos deve estar entre as principais diretrizes das políticas públicas e, no caso do arroz, essa proposta não muda."Temos que procurar sempre a segurança através, no mínimo, do monitoramento da concentração de arsênio e suas espécies químicas, principalmente as inorgânicas e, na medida do possível e da necessidade, realizar pesquisas básicas para entendê-las num processo dinâmico desde plantas até o ser humano".

Para Batista, outros alimentos também deveriam entrar nesse monitoramento, "focando tanto a quantidade de elementos que causam danos ao organismo, como o mercúrio presente no peixe da Amazônia, como na quantidade de elementos químicos essenciais ao funcionamento do nosso organismo, como o selênio na castanha do Pará".

(Com Agência USP)


Encontrado no Fórum Anti-NOM
Dyelle Menezes e Thaís Betat




No último dia de 2013 o Supremo Tribunal Federal (STF) preocupou-se com o conforto dos ministros. No apagar das luzes do ano passado, o Tribunal empenhou R$ 914,9 mil para a compra de sete carros do modelo Azera, da marca Hyundai. Cada veículo custará R$ 130,7 mil aos cofres públicos. Os automóveis irão atender os ministros em deslocamentos em Brasília.

Segundo a assessoria de  para a renovação parcial da frota, realizada rotineiramente com base em análise de custos. “Quando os veículos atingem um determinado tempo de uso a manutenção fica mais cara e a renovação é alternativa mais eficiente”, explica. A resposta obtida pelo Contas Abertas não informou o ano e a quilometragem da frota antiga de veículos do STF.

Os carros são do tipo sedan grande e possuem capacidade para cinco passageiros, incluindo o motorista. Os modelos são de quatro portas e da cor preta. Os bancos dos veículos são de couro na cor preta ou cinza, com regulagem eletrônica de altura, ar condicionado, controle eletrônico de temperatura, visor digital, airbags e câmbio automático

Os detalhes mais luxuosos dos automóvies ficam por conta da central multimídia integrada em painel touch screen, em que disponibiliza navegador GPS, bluetooth com viva voz para telefone celular, além de entradas USB. A novas aquisições do STF possuem garantia de três anos.

Confira aqui as notas de empenho

Ao todo, o STF é composto por 11 ministros. Em 2013, as decisões dos ministros em relação ao julgamento do caso do mensalão foram acompanhadas de perto pela sociedade. Dentre as principais atribuições da Corte está a de julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, a argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da própria Constituição e a extradição solicitada por Estado estrangeiro.


Outros carros

A renovação da frota de veículos do STF parece ter sido recorrente no ano passado. Como o Contas Abertas noticiou na época, no final de outubro o Tribunal reservou R$ 600 mil para a aquisição de 14 automóveis. Segundo a assessoria da Corte, a compra se deveu à necessidade de renovação periódica da frota para transporte de servidores e materiais em razão de conveniência de serviço.

O veículo mais caro adquirido à época foi o modelo 408 Allure, da Peugeot, ao custo unitário de R$ 60 mil. O carro possui quatro portas, motor 2.0 e é do tipo Sedan. Serão comprados três desses automóveis, no valor total de R$ 180 mil. Outros R$ 210 mil foram destinados a aquisição de cinco veículos do modelo Spin LT, da Chevrolet. Os carros possuem motor 1.8 flex e já são do ano 2014. Cada veículo custou R$ 42 mil aos cofres públicos.


Maquiavel Pedagogo
ou o ministério da reforma psicológica


Pascal Bernardin




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INTRODUÇÃO




          Uma revolução pedagógica baseada nos resultados da pesquisa psicopedagógica está em curso no mundo inteiro. Ela é conduzida por especialistas em Ciências da Educação que, formados todos nos mesmos meios revolucionários, logo dominaram os departamentos de educação de diversas instituições internacionais: Unesco, Conselho da Europa, Comissão de Bruxelas e OCDE. Na França, o Ministério da Educação e os IUFMs¹ estão igualmente submetidos a sua influência. Essa revolução pedagógica visa a impor uma “ética voltada para a criação de uma nova sociedade”² e a estabelecer uma sociedade intercultural. A nova ética não é outra coisa senão uma sofisticada reapresentação da utopia comunista. O estudo dos documentos em que tal ética está definida não deixa margem a qualquer dúvida: sob o manto da ética, e sustentada por uma retórica e por uma dialética frequentemente notáveis, encontra-se a ideologia comunista, da qual apenas a aparência e os modos de ação foram modificados. A partir de uma mudança de valores, de uma modificação das atitudes e dos comportamentos, bem como de uma manipulação da cultura³, pretende-se levar a cabo a revolução psicológica e, ulteriormente, a revolução social. Essa nova ética faz hoje parte dos programas escolares da França,4 e é obrigatoriamente ensinada em todos os níveis do sistema educacional.

         Estando claramente definido o objetivo, para atingi-lo são utilizados os resultados da pesquisa pedagógica obtidos pelos soviéticos e pelos criptocomunistas norte-americanos e europeus. Trata-se de técnicas psicopedagógicas que se valem de métodos ativos destinados a inculcar nos estudantes os “valores, as atitudes e os comportamentos” definidos de antemão. Por essa razão foram criadas os IUFMs, que se empenham em ensinar essas técnicas de manipulação psicológica aos futuros professores.

         Dentre os traços mais relevantes dessa revolução pedagógica, é preciso destacar os seguintes:

         • testes psicológicos, projetados ou já realizados, em grande escala;
         • informatização mundial das questões do ensino e, particularmente, o censo (ora em curso) de toda a população escolar e universitária, a pretexto de “aperfeiçoamento do ensino”. Participam aí os testes psicológicos. Noventa por cento das crianças norte-americanas já foram fichadas;
         • asfixia ou subordinação do ensino livre;
         • pretensão a anular a influência da família.

         A revolução pedagógica francesa, aliás recentemente acelerada, inscreve-se nesse quadro mundial. Nos últimos anos, numerosas modificações têm sido discretamente introduzidas no sistema educacional francês ou constituem, atualmente, objeto de debate. Os elementos de análise apresentados nos capítulos seguintes visam a evidenciar a coerência do projeto mundial no qual eles se integram.

         A primeira dessas reformas ocupa-se da formação de professores. As escolas normais foram substituídas pelos Institutos Universitários de Formação de Mestres (IUFMs). Eles se caracterizam pela importância que neles se dá às “ciências” da educação e à psicopedagogia. Esses institutos preparam os professores para a sua nova missão: redefinido o papel da escola, a prioridade é, já não a formação intelectual, mas o ensino “não cognitivo” e a “aprendizagem da vida social”. Também aqui o objetivo é modificar os valores, as atitudes e os comportamentos dos alunos (e dos professores). Para isso, são utilizadas técnicas de manipulação psicológica e de lavagem cerebral.

         A reforma na formação dos professores faz-se acompanhar de um considerável esforço no campo da formação continuada de todas as categorias de profissionais da educação: administradores, professores, diretores etc. devem igualmente estar adaptados à nova missão da escola.

         A revolução pedagógica está também presente nos estabelecimentos escolares. Assim, a estrutura das escolas primária e maternal5 foi modificada para substituir as diversas séries dos três ciclos6 que reúnem alunos de níveis diferentes. Os ensinos formal e intelectual são negligenciados em proveito de um ensino não cognitivo e multidimensional, privilegiando o social. A reforma pedagógica introduzida no Ensino Médio tende igualmente a uma profunda modificação das práticas pedagógicas do conteúdo do ensino.

         Simultaneamente, um vasto dispositivo de avaliação dos alunos é implementado. Por fim, ele deve ser informatizado, para ser utilizado em caráter permanente, e abrangerá o ensino não cognitivo, tal como a educação ética, cívica e social.

         Essa revolução pedagógica, introduzida discretamente, mediante discretas manobras, sem deixar ver sua arquitetura geral, precisa levar em conta com a resistência dos professores, que jamais permitiram o aviltamento de seu ofício e de seus alunos. Desse modo, aplicam-se técnicas de descentralização, oriundas diretamente das técnicas de administração e de gestão de “recursos humanos”. Consegue-se com isso envolver, engajar psicologicamente os professores e, portanto, reduzir sua oposição. Os “projetos escolares” são a aplicação direta dessa filosofia manipulatória.

          Ademais, o nível escolar continuará decaindo, o que aliás não surpreende, já que o papel da escola foi redefinido e que sua missão principal não consiste mais na formação intelectual, e sim na formação social das crianças; já que não se pretende fornecer a elas ferramentas para a autonomia intelectual, mas antes se lhes deseja impor, sub-repticiamente, valores atitudes e comportamentos por meio de técnicas de manipulação psicológica. Com toda nitidez, vai-se desenhando uma ditadura psicopedagógica.

         No momento mesmo em que os democratas maravilham-se de sua vitória sobre o comunismo, alguns observadores se questionam, lembrando-se do que disse Lênin: “É preciso [...] estar disposto a todos os sacrifícios e, inclusive, empregar – em caso de necessidade – todos os estratagemas, ardis e processos ilegais, silenciar e ocultar a verdade”.7 Sérias interrogações subsistem quanto à natureza e a profundidade das reformas empreendidas na antiga URSS. Essas interrogações, que não poderiam ser abordadas no âmbito desse opúsculo, formam-lhe, contudo, a trama.

         Outros há que evocam a tese da convergência entre capitalismo e comunismo, defendida ainda há pouco por algumas organizações internacionais por A. Sakharov e por tantos outros. Sua perspectiva é mais ou menos ampla que a precedente? É ela, enfim, mais justa? Não é nossa pretensão responder a essas perguntas, ligadas intimamente às suspeitas que pesam sobre a perestroika.

         Entretanto, essas interrogações formam o pano de fundo desse estudo. Escrito de circunstância, cuja redação se ressente da brevidade o tempo que nos foi atribuído, ele não pretende outra coisa senão esclarecer seus leitores acerca do que realmente e está em jogo nos debates atuais acerca da reforma no sistema educacional. Ele evitará, portanto, abordar frontalmente as questões de política internacional. Constata-se, porém, que tais questões não poderiam permanecer por muito tempo sem resposta.

          Há quem nos censure o fato de havermos insistido demasiado no aspecto criptocomunista da revolução pedagógica por nós exposta, privilegiando de facto a primeira das duas hipóteses. Convimos com isso de boa vontade, mas temos duas razões para haver assim procedido. Em primeiro lugar, o aspecto criptocomunistas dessa revolução pedagógica não poderia ser seriamente contestado. Culminância dos trabalhos realizados desde há quase um século nos meios revolucionários norte-americanos, retomados e desenvolvidos ulteriormente pela URSS e pela Unesco, ela traz em si as marcas de sua origem. Além disso, reconhecer tais origens, admitir que nos encontramos face a uma temível manobra criptocomunistas, não exclui, em absoluto, a hipótese globalista da convergência entre capitalismo e comunismo. Mais ainda, essa segunda hipótese na verdade supõe a presença de um forte elemento criptocomunistas na sociedade posterior à desaparição da cortina de ferro.

         Assim, rogamos ao leitor que considere como os fatos expostos nas páginas a seguir se podem integrar em dois quadros diversos de análise e de interpretação, os quais não pretendemos discriminar. Seria isso possível, aliás, considerando-se que os acontecimentos estiveram subordinados a relações de força extremamente complexas e sutis, capazes de orientar a história em uma direção imprevista? E considerando que os próprios protagonistas estão, em sua imensa maioria, tanto do Oeste quanto do Leste, inconscientes do sentido da História, que transcende infinitamente a dialética criptocomunismo versus globalismo?



         As organizações internacionais preservam-se por meio de expedientes como este: “As opiniões expressas no presente estudo são de inteira responsabilidade do autor e não refletem necessariamente o ponto de vista da Organização X.” Se essa ressalva é verdadeira, stricto sensu, é necessário, não obstante, considerar que a organização internacional, que editou tais opiniões, julgou-as suficientemente próximas das suas, já que não apenas deixou de censurá-las mas, além disso, garantiu e financiou sua publicação. Exatamente como a mídia, as organizações internacionais exercem sua influência não tanto pelas opiniões que defendem como por meio dos autores aos quais elas concedem a palavra e pelas teses que elas difundem, desse modo, sob sua autoridade. Ademais, as teses que havemos de expor são todas elas representativas das correntes de ideias que perpassam os meios globalistas. Nas referências, mencionaremos explicitamente as publicações em que não são feitas quaisquer reservas.



1IUFM: Instituto universitário de formação de mestres.

2Parlamento Europeu, Documento de Sessão, Relatório da Comissão da Cultura, da juventude, da educação e das mídias sobre La politique de l’éducation et de la formation dans la perspective de 1993, 27 mar. 1922, p. 33. A-3-0139/92.

3Cf. Seminário europeu de professores, Kolmarden, Norrköping, Suécia, 10-14 jun. 1985, La formation interculturelle des enseignants, Strasbourg, Conselho da Europa, 1987, p. 19 e 2. (DECS/EGT (86) 83-F).

4Cf. 4ª. Conferência dos ministros da educação dos estados membros da região Europa, Perspective et taches du développement de l’éducation en Europe à l’aube d’um nouveau millenaire, Paris, Unesco, 1988, p. 11 (ED-88/MINED-EUROPE/3). Documento naturalmente publicado sem reserva sobre as opiniões dispostas pelos seus autores.

5Equivalente à fase da creche e da pré-escola no sistema educacional brasileiro – N. do T.

6No sistema educacional francês, são três os ciclos das séries iniciais, que comportam de duas a três etapas, assim organizados: ciclo dos primeiros aprendizados: pequena seção, média seção, seção maior; ciclo das aprendizagens fundamentais: curso preparatório e curso elementar 1; ciclo de aprofundamento: curso elementar 2, curso médio 1 e curso médio 2 – N. do T.

7V. Lenine, La maladie infantile du communisme, Paris, Editions sociales, Moscou, Editions du progrès, 1979, p. 69




BERNARDIN, Pascal. Maquiavel Pedagogo – ou o ministério da reforma psicológica. 1 ed. Ecclesia e Vide Editorial. Campinas, SP: 2013, pp. 9-14



Segue um vídeo sobre o livro, feito por Ana Caroline Campangolo Bellei. A moça oferece ainda uma conceituação básica para a compreensão o livro: Criptocomunismo; Multicultural; Intercultural.


Leia também o primeiro cap. de Maquiavel Pedagogo: "As técnicas de manipulação psicológica"


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