por Anastasia Pershkina
O assassinato de John Kennedy marcou o início da época de dúvidas nos EUA, que continua até hoje. Em conformidade com pesquisas da opinião pública, ainda hoje mais da metade dos americanos consideram que o 35º presidente foi um alvo de conspiração. O silêncio misterioso das autoridades e o fato de elas defenderem com ardor uma versão do assassino solitário, apenas estão empurrando pessoas para o lado de teorias de conspiração.
A primeira investigação do assassinato de John Kennedy foi efetuada logo após a tragédia em 1964. Uma comissão presidida por Earl Warren, então à frente da Corte Suprema dos EUA, anunciou que Lee Harvey Oswald, autor do crime, atuava sozinho. Como era habitual, os americanos acreditaram nas palavras das personalidades oficiais. Eles começaram a duvidar só no limiar dos anos 60 e 70, faz lembrar o jornalista David Talbot, autor do livro "Brothers: The Hidden History of the Kennedy Years":
"Após 13 anos do assassinado do presidente John Kennedy, a verdade sobre aqueles acontecimentos terríveis começou a sair à superfície. Foi o resultado da crise política nos Estados Unidos por causa da guerra no Vietnã e devido ao escândalo de Watergate durante a presidência de Nixon. A crise levou à cisão do próprio sistema e a verdade começou a infiltrar-se nas fendas provocadas."
As pessoas exigiam a verdade. Por isso, o 38º presidente dos EUA, Gerald Ford, deliberou iniciar uma nova investigação sob a orientação da Câmara dos Representantes dos EUA. Segundo suas conclusões, John Kennedy foi morto em resultado de uma conspiração, enquanto Lee Harvey Oswald foi apontado como simples executor. Os nomes dos conspiradores não foram referidos e, portanto, autores de pesquisas privadas começaram a propor suas versões. Houve teorias de que o crime tinha sido encomendado pela mafia: o presidente lutava ativamente contra a criminalidade organizada e a sua recusa a derrotar Fidel Castro levou a perdas enormes da mafia em Cuba. Magnatas petrolíferos também se manifestavam contra o presidente. Kennedy pretendia anular franquias fiscais sobre o esgotamento do solo, em resultado do qual eles perderiam grandes capitais. Ao mesmo tempo, o Texas tinha também o seu próprio candidato a presidente, Lyndon Johnson, que chegou ao poder após a morte de Kennedy. A CIA também é frequentemente acusada do assassinato de Kennedy. O Departamento de Inteligência americano estava descontente com a política em relação a Cuba, com ações na guerra fria contra a URSS e com a falta de vontade de começar uma nova guerra contra o Vietnã. Mas a principal razão de suspeitar a CIA foi a mentira de seus dirigentes que renunciavam a quaisquer contratos com Lee Harvey Oswald. Ele regressou em 1962 da União Soviética e agentes da CIA deveriam interroga-lo como pessoa que havia fugido para a URSS e, passados alguns anos, regressado aos Estados Unidos. Mas a CIA afirmava que não havia quaisquer interrogatórios, declarou Anthony Summers, autor do livro "Kennedy Conspiracy":
"Durante longos anos, a CIA insistia não ter interrogado Oswald que vivia tranquilamente no Texas. Esta é uma mentira absoluta. A meu ver, foi proposta a ele uma opção: ou vai à cadeia ou colabora com a CIA. Mas eles não queriam que alguém soubesse sobre seus contatos com Oswald e se ele fosse culpado ou não."
Todas estas versões estão sendo discutidas até hoje nos Estados Unidos a um nível não oficial. As conclusões do Comitê da Câmara dos Representantes continuam a ser não oficiais: as crianças americanas apreendem como antes que Lee Harvey Oswald foi um assassino sozinho. Não se pode esperar que algo se esclareça na altura do 50º aniversário da morte de Kennedy. As autoridades e os serviços de inteligência dos EUA, cuja atividade foi desvendada pelo WikiLeaks e Edvard Snowden, são postos em xeque. Mesmo se a Casa Branca, a CIA e o FBI conhecessem os organizadores da morte de Kennedy, elas não iriam revelar a verdade, senão teriam de responder por que razão a esconderam por tanto tempo.
Fonte: Voz da Rússia - Assassinato de Kennedy: vitória da teoria da conspiração
Encontrado no Fórum Anti Nova Ordem Mundial
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